Proposta em mãos e exército de amigos se formando... Só faltava mesmo confirmar o interesse da escola em abraçar essa proposta com a gente!
Investi nas duas escolas públicas do meu bairro. Na primeira delas, no entanto, o grupo mais velho para se trabalhar era composto por alunos de no máximo 8 anos de idade,fato que dificultaria a montagem do grupo núcleo para discussão e avaliação da proposta (o ideal era que o grupo núcleo fosse composto por jovens, adolescentes de modo que eles impulsionassem as demais faixas etárias da escola), além disso, segundo a diretora, a escola passava por alguns obstáculos relacionados ao aprendizado dos alunos, sendo inviável investir tantos esforços e tempo neste projeto. Ela dá preferência a projetos mais rápidos, que envolvam manifestações culturais como artes plásticas, danças, teatros...
Na segunda escola as condições eram perfeitas! Havia uma diversidade de faixas etárias, lugares a ser transformados não faltavam e, ainda, a diretora gostou da proposta! Entretanto, surgiu uma nova questão: o CRE. CRE significa Conselho Regional de Educação e para implementar o projeto na escola é necessário ter o aval do Conselho. E agora?
Necessitar desta autorização definitivamente não estava nos meus planos. Era algo que seria inviável de fazer, pelo menos dentro dos prazos que tinha estabelecido para cumprir as tarefas do GSA. Bom, me restavam duas opções: perseverar na idéia inicial, mas estar consciente de que isso me traria conseqüências, ou poderia investir esforços em outra idéia, recomeçando meu desafio e terminando todas as etapas dentro das datas estipuladas.
Refleti, avaliei, reavaliei...
Optei por colocar minha intenção neste projeto das escolas e vi no CRE uma oportunidade de ampliá-lo. Por que não torná-lo replicável? Com a aprovação do Conselho é possível repetir esta ação em outras unidades do CIEP (Centro Integrado de Educação Pública), e não somente restringir à unidade do meu bairro. Cada vez mais sendo aprimorando, reparando as falhas, envolvendo mais parceiros... Isso me empolgou mais ainda! E vi nesta idéia algo que me realizaria, não fazendo sentido investir em outra coisa. É claro, que lugares para transformar não faltam no mundo! Mas é dentro das escolas que eu quero estar, é por lá que quero começar...
E aí me lembrei do meu primeiro post... Fiz a pergunta: possui este caminho um coração? Era o que eu precisava para ter a certeza da minha escolha...